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Gabiru: O Curioso Apelido do Coelho Holandês Macho

Pois é, a gente tem cada jeito de dar nome pros bichos, né? E não é só nome oficial de raça, não. Tem os apelidos, as manhas que o povo inventa. E esse do gabiru para holandês macho é um que sempre aparece. É meio engraçado pensar num coelho bonitinho com nome de bicho que geralmente a gente não quer por perto, né? Mas tem um motivo por trás disso, ou pelo menos um jeito que o povo viu as coisas.

O que é esse tal gabiru e o coelho holandês

Primeiro, vamos clarear as coisas. O que é “gabiru”? Na maioria dos lugares por aqui, gabiru é aquele rato grande, aquele bicho que se esconde, que aparece onde não deve. É bicho rápido, esperto, meio arisco. Geralmente, a gente associa gabiru a coisa que rói, que tá no mato, na beira do rio, ou até na cidade, mas sempre meio escondido, sabe? É um nome que carrega uma certa ideia de agilidade e, pra ser bem sincero, de praga, bicho que dá trabalho.

Agora, o coelho holandês. Esse é um coelho de raça, bonitão, com aquela faixa branca no meio do corpo que parece um cinto. As pontas, as orelhas, a cabeça, tudo de uma cor só, e o resto branco. São bichos até que compactos, não são gigantes como um Gigante de Flandres, por exemplo. O porte deles é médio pra pequeno, dependendo da linhagem. E eles são ágeis, coelho em geral é rápido, dá uns pinote que você nem vê. Além disso, são coelhos bem populares pra ter em casa ou criar, porque são mansos e fáceis de cuidar. Muita gente começa a criar coelho com um holandês por perto.

A conexão: por que diabos juntaram as duas coisas?

Aí você me pergunta: tá, mas coelho bonitinho, dócil, com nome de rato? Pois é, aí que tá o pulo do gato, ou melhor, do coelho! Essa ligação do gabiru para holandês macho não vem de serem parentes, claro que não. Vem de uma certa semelhança no jeito de ser ou até na aparência, dependendo de quem tá olhando. Primeiro, o tamanho. Muitos coelhos holandeses não são tão grandes, e um gabiru, dependendo da espécie, também pode ser meio grandinho pros padrões de um rato comum. Com isso, já dá pra ter uma confusão visual ou uma comparação de porte.

Além disso, tem a agilidade. Sabe quando o coelho dispara? Num pulo, ele some. É um movimento rápido, às vezes meio errático, que pode lembrar a corrida de um rato grande assustado. Essa velocidade, essa capacidade de se enfiar em qualquer cantinho, é algo que tanto um quanto outro bicho fazem bem. E por falar em se esconder, coelho adora uma toca, um cantinho apertado, assim como um rato. Então, essa coisa de bicho ágil que se esconde pode ter juntado as ideias na cabeça do povo. De repente, alguém viu um coelho holandês saindo disparado debaixo de um arbusto e pensou: “Lá vem aquele gabiru!”.

Claro que não é uma regra científica, viu? É mais um jeito de falar, um apelido que gruda por causa de alguma característica marcante, mesmo que comparada com outro bicho totalmente diferente. Assim como a gente chama uma pessoa magrela de “saracura” ou alguém esperto de “ligeiro”. A comparação não precisa ser perfeita, só precisa fazer sentido pra quem tá dando o nome. Portanto, a agilidade, o tamanho e o jeito de se mexer do coelho holandês, de certa forma, fizeram ele ganhar esse apelido curioso de gabiru para holandês macho.

É só o macho? E onde se ouve isso mais?

Você perguntou se é só o macho. A verdade é que esse apelido, gabiru para holandês macho, é usado muitas vezes pra raça inteira, tanto fêmea quanto macho. É que na linguagem popular, às vezes a gente foca no “macho” como se fosse o representante típico da espécie ou da raça, sabe? Tipo, “o leão é o rei da selva”, mas a leoa caça muito mais. É mais um jeito de falar. Mas sim, é bem comum ouvir “coelho holandês gabiru” ou só “gabiru” pra se referir a qualquer coelho dessa raça específica, fêmea ou macho, porque a característica que deu o apelido (tamanho, agilidade, jeito) é da raça, não só de um gênero.

E onde se ouve isso mais? Olha, por aqui, essas coisas de nome de bicho meio diferente geralmente vêm da roça, do interior, de feiras de animais, de onde a gente tem mais contato direto com os bichos e inventa nome pra tudo. Não é um termo que você vai achar num livro chique de raças de coelho, por exemplo. É coisa de boca a boca. É o criador mais antigo, o vizinho que sempre teve coelho, o vendedor na feira que usa o termo. Pelo menos na minha experiência, é mais comum em ambientes rurais ou semi-rurais, onde a linguagem é mais solta e as comparações com a natureza são mais diretas.

Por isso, se você for numa cidade grande e perguntar pra um veterinário jovem sobre coelho gabiru para holandês macho, talvez ele nem saiba do que você tá falando. Mas chega num sítio, numa venda de beira de estrada que tem uns coelhos, e pergunta do “holandês gabiru”, capaz do sujeito te mostrar na hora. É uma linguagem que faz parte de um certo universo, de um jeito de ver e nomear as coisas que é bem nosso.

O apelido hoje em dia e como a gente nomeia

E esse apelido, ainda usam hoje? Sim, usam. Talvez menos que antigamente, com a internet e o acesso a nomes “oficiais” de raças ficando mais fácil. Muita gente hoje chama pelo nome da raça mesmo, “coelho holandês”. Mas em certas regiões, ou entre criadores mais antigos, ou até mesmo no meio do povo que não liga tanto pra “nome certo”, o gabiru para holandês macho ainda aparece. É um nome que simplifica, que dá uma identidade rápida pro bicho.

A gente nomeia as coisas assim, por comparação, por traço marcante. Pensa em quantas plantas têm nome popular que não tem nada a ver com o nome científico, mas descreve alguma coisa: “orelha de onça”, “língua de vaca”, “barba de velho”. Com bicho é a mesma coisa. A gente pega uma característica que chama atenção – no caso do coelho holandês, a agilidade e o porte compacto que lembra um gabiru – e pronto, o nome pega. Não é pra ofender o coelho, coitado. É só um jeito de batizar, de identificar na correria do dia a dia. É a nossa língua trabalhando, criando atalhos, metáforas visuais. É a sabedoria popular em ação.

Recentemente, vi até em alguns grupos de redes sociais de criadores de coelhos, gente mais nova usando o termo, mas explicando pros outros de onde vem. Isso mostra que o apelido ainda circula, passa de geração pra geração, mesmo que o “porquê” original (a comparação com o rato) fique um pouco esquecido ou precise ser explicado. Quer dizer, o nome se mantém pela tradição, mesmo que o motivo original se perca um pouco no caminho.

Algumas observações antes de fechar o papo

Vale lembrar que, no fim das contas, o nome que a gente dá pro bicho não muda quem ele é. O coelho holandês, sendo chamado de gabiru para holandês macho ou não, continua sendo aquele coelho simpático, com a faixa branca no corpo, bom pra ter em casa, tranquilo. O apelido diz mais sobre a gente que tá nomeando do que sobre o bicho em si, entende? Mostra o que a gente observa, o que chama nossa atenção, com que outras coisas a gente compara.

Não é um nome pejorativo na maioria das vezes, é só… um nome. É como chamar alguém que corre rápido de “flecha” ou alguém forte de “touro”. É uma referência, uma maneira de descrever usando um bicho ou objeto que já existe no nosso imaginário. E no caso do coelho holandês, a comparação com o gabiru pegou por causa daquele jeito esperto e ligeiro que eles têm. Não é que sejam sujos ou pragas, pelo amor de Deus. É só o jeito de se mover e o tamanho que lembraram o outro bicho. Simples assim.

E essas coisas variam muito de lugar pra lugar. O que num canto é coelho gabiru para holandês macho, noutro pode ter outro apelido totalmente diferente, ou simplesmente não ter apelido nenhum, ser só “o coelho holandês”. A língua do povo é viva, muda, cria coisa nova o tempo todo, e os apelidos dos bichos são um bom exemplo disso.

No fim das contas, por que o apelido?

Então, pra fechar a conta, a história do apelido gabiru para holandês macho pro coelho holandês vem principalmente da agilidade e do tamanho compacto do bicho, que de alguma forma lembraram a percepção popular do gabiru (o rato grande, ágil, arisco). É um nome que nasceu na linguagem do dia a dia, provavelmente no meio rural, e que gruda por ser fácil de falar e por criar uma imagem na cabeça da gente. Não tem mistério, não é ofensa, é só mais um jeito engraçado e direto que o povo tem de batizar as coisas que encontra pela frente.